A PRESSÃO E A TOMADA DE DECISÕES
Alessandro Barcellos: "O projeto não é do Ramirez, é do INTERNACIONAL."
Quando você começa a viver um Clube de Futebol por dentro, tem que entender que as decisões não podem ocorrer no calor da derrota.
Elas devem respeitar o planejamento que se fez antes de assumir. É parte desse projeto saber que nem sempre as coisas vão sair exatamente como se deseja. Podem até superar as expectativas. Mas se não tiver uma evolução próxima ao desejado, ajustes devem ser feitos, o que não significa sair demitindo profissionais da Comissão Técnica, rescindir com jogadores ou mesmo trocar os dirigentes que comandam o futebol.
Ações deste tipo sem uma justificativa válida, tendem a ser equivocadas. E sendo erradas, terão consequências financeiras (como já vem ocorrendo há muito tempo). Mandar alguém embora significa pagar uma rescisão, desvalorizar o patrimônio ou ainda uma soma das duas.
Claro que logo após à derrota, a paixão pelo clube implora por mudanças radicais. Ninguém presta! Todos os jogadores são mercenários!Estamos vivendo tempos difíceis onde até os equilibrados por vezes perdem a linha. E não é só no futebol. Há muita raiva e indignação rodando o mundo, onde qualquer fagulha vira fogueira. E o futebol para o torcedor é essencialmente emoção. As frustrações afloram no fracasso do time porque elas simbolizam a derrota na vida.
É um momento muito complicado para os Dirigentes. A troca de treinador não vai resolver nada. Como não vem resolvendo há muito tempo. Na manifestação do Presidente depois do jogo ele foi claro, não é o projeto do Ramirez. É o projeto do INTERNACIONAL.
A gestão começou em janeiro, mas só teve condições de começar a implementar o projeto pelo qual foi eleito no início de março. Sem dinheiro, mudando a ideia de jogo, com mais de 20 jogadores desligados e trazendo tão somente DOIS reforços. O choque de gestão foi dado. Por isso o “gritedo”de parte da mídia, de alguns segmentos da torcida e dos empresários de futebol.
Amigo leitor: Não será em 3 meses de trabalho que tudo estará diferente! Vai demandar tempo. Pelo menos mais alguns meses para aparecerem os primeiros efeitos práticos da mudança que se está buscando.
Sobre a final de ontem, propriamente, diria que na média jogamos melhor do que no jogo primeiro. Mais uma vez vários jogadores sucumbiram na hora decisiva. E devem ser substituídos. Mas sem alarde.
Definitivamente, a arbitragem influiu no jogo. E a falta de critério tem sido uma marca de uns anos para cá. Mas times prontos, passam por cima das arbitragens canalhas.E o objetivo é construir um time maduro e de qualidade para superar essas dificuldades.
O importante é seguir o trabalho respeitando o planejamento. Os resultados virão logo ali. A começar pela quarta feira onde devemos confirmar nossa classificação nas oitavas de final da Libertadores de América.
Saudações Coloradas!